Perdemos pessoas, perdemos relações, perdemos lugares, perdemos empregos, perdemos aromas, sabores e livros aos quadradinhos, perdemos o sentimento de pertença, perdemos a razão, o chão e o sentido da vida. Perdemos as chaves e o caminho para casa. Perdemos crenças e valores. Perdemos referências. Perdemos o nosso corpo como o conhecemos, a cada dia. Perdemos a inocência. Perdemos sonhos. Porque a perda é inerente e necessária, este blog aborda-a e abraça-a. Através de histórias. Histórias contadas, pintadas, ilustradas, dramatizadas, cantadas, costuradas, semeadas e atiradas ao vento. Porque da perda, nasce a criação e nasce a beleza.
É necessário, enfim, que as folhas caiam para que a terra as transforme. Para que a sabedoria das raízes, no seu interior, faça brotar outras folhas de si. Psicologia, escrita e natureza dançam assim de mãos dadas e tecem um projeto em que as histórias nos falam, ao ouvido, de segredos por contar. A perda é o fio que as une. A escrita é o que faz as palavras rodopiarem até cada um de nós. A natureza é o que as irá entrelaçar e semeá-las em cada expressão criativa e na visão de cada criador. Este blog é a sua raiz.
MISSÃO
Contribuir para uma vivência integrada das experiências de perda inerentes à vida, às relações e ao desenvolvimento humano.
VISÃO
Ser uma referência na intervenção psicológica e na formação criativa no âmbito da vivência da perda enquanto processo natural e necessário ao desenvolvimento individual, inter-pessoal e social.
VALORES
Integração, Consciência, Criatividade, Comunicação, Consistência, Confiança.
Co-fundadora
Diretora criativa
As histórias fazem parte da minha pele. Desde sempre. Desde sempre que pedi que mas contassem e que mas lessem. Histórias de bichos, de pessoas, de bruxas, de estrelas. Não me considero uma contadora de histórias. Porque não vêm de dentro nem foram passadas de geração em geração. São antes uma forma de desenhar ou tecer aquilo que sinto e dar-lhe um sentido através de imagens. Símbolos que possam ser partilhados por todos nós e uns com os outros. A psicologia fez com que as perdas dos outros se tornassem também partilhadas. A partir desta partilha percebi que se reescrevem histórias em conjunto. Sou psicóloga e psicoterapeuta. Em Português e em Inglês. E, assim, tenho tido o privilégio de trabalhar com pessoas dos quatro cantos do mundo. A dança e a escrita são os mundos através dos quais gosto de contar quem sou e de quem quero ser. As minhas raízes estão espalhadas por vários lugares. E falando em raízes, falta dizer que gosto de amendoeiras e de flores do campo.
Co-fundadora
Diretora executiva
Sou e sempre fui uma ouvinte! Ouvir e escutar, simplesmente, sem julgamento. Lá atrás no tempo, boas memórias de histórias contadas com o coração às minhas filhas, agora... contadas às minhas netas. Histórias bebidas na simplicidade das minhas raízes, o campo, a natureza. Este campo, recheado de cheiros, silêncios e texturas que me inspiraram nas pinceladas de aguarelas. Assim sou eu, psicóloga clinica. A psicologia, é para mim esse lugar onde se escuta, onde se acolhe o outro. Onde, a partir do que escutamos, se constrói e se dá novos sentidos e novos sentires. Esse lugar, onde se dá a mão ao outro para o ajudar a ir onde quer ir, reencontrar o caminho para o seu equilíbrio e bem estar. Para que este caminho que tende a ser solitário, possa deixar de o ser. Nesta nossa caminhada, todos perdemos coisas e, se a perda traz impotência e tristeza, também pode trazer significado, sentido e a possibilidade de continuar para onde há mais vida. Aprendendo sempre.