(sentires)
“Era uma vez uma casa branca nas dunas, voltada para o mar.
Tinha uma porta, sete janelas e uma varanda de madeira pintada de verde. Em
roda da casa havia um jardim de areia onde
cresciam lírios brancos e uma planta
que dava flores brancas, amarelas e roxas.”
Sophia de Mello Breyner Andreson
In “A menina do mar”
Já sopra o vento que traz o Agosto. E, com ele, sopram
momentos de pausa. De reflexão. De mudança. De princípios. E, por isso mesmo, hoje
revisitamos “a nossa casa” e fazemos um convite à partilha de sentires. Um
convite para que venham a esta casa, feita de histórias e de raízes, e para que
deixem uma palavra. Ou duas. Uma história porque não. Ou qualquer outra coisa
que o vento vos queira trazer.
“O que faço eu aqui? Ou será esta também uma pergunta que
fazemos mesmo quando não mudamos de lugar? Sempre que perdemos o norte, sempre
que nos perdemos de nós. Sempre que a vida faz uma pirueta. Sempre que
assistimos às dores do mundo e do planeta. E se, neste contexto, nos
apercebêssemos que o nosso corpo é a nossa casa e a nossa raíz? E se as nossas
referências estiverem nas nossas células, nos nossos órgãos, no nosso sorriso,
nos nossos gestos?”
Livro
recomendado: “A menina do mar" de Sophia de Mello Breyner Andreson com
ilustrações de Luís Noronha da Costa.
por Isabel Duarte
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